26 de jun. de 2014

"Já foi. Já era. Não era para ter sido assim, mas foi. Sim, se foi. Acabou. Vai fazer falta. Vai doer de saudade. Porém não tem mais volta, é verdade. Arrependimentos? Alguns, talvez muitos, inclusive a vontade de poder fazer, falar e ser diferente. É, não tem mais como. Já foi. Já era.

Cada minuto da história que construímos e chamamos de vida, vale mais que qualquer outra coisa mais duradoura que possa haver. Você sabia que em sessenta segundos tudo pode mudar? O que é branco, rapidamente fica preto. O que é firme, desmorona. O que é incerto, ganha certeza. E os feitos, os desfeitos e os defeitos, logo vem à tona. 

Não perca tempo amarrado à lembranças que assassinam a sua alma. Não deixe de fazer pela dificuldade do outro, o que para você é fácil. Não guarde dentro da boca, o que o teu coração tem vontade de gritar. Não espere demais, porque nem sempre ganhamos o tempo necessário que achamos que merecemos. Faça. Fale. Peça. Ouça. Bata o pé. Perdoe. Peça perdão. Declare que ama. Diga que sente falta. Doe. Divida. Procure. Mas não espere, não espere tanto. 

É triste querer reverter o que não se pode mais. Ter que aceitar e sentir a palavra NUNCA dilacerando por dentro, é uma tortura sem fim. Porque a partir do momento que uma situação, história ou vida passa de “ainda tem tempo” para “nunca mais”, todos os seus planos, falas, ensaios, expectativas, anseios, receios e vontades referente àquilo, se perdem. E dói, dói muito.

Por isso, tenho percebido que o melhor que podemos fazer para nós e para quem amamos, ainda que hajam erros, falhas, dores, imperfeições e rancores, é aprendermos a não mais perder tempo. A não confiarmos naquilo que não nos emite certezas absolutas. É que, infelizmente, nunca sabemos quando vai ser a última vez que veremos alguém importante, quando vai ser a última vez que sentiremos o calor do seu abraço, o som da sua risada, o toque das suas mãos. E todas essas coisinhas que são tão, mas tão importantes que, quando se perdem, o coração sangra como uma tubulação com defeito.

Por quem a gente ama, as nossas prioridades aceitam ficar em segundo plano. A gente só precisa ter atitude de coloca-las lá. Não espere perder uma oportunidade ou alguém que você gosta, para reconhecer que deveria e poderia ter se empenhado e feito mais. O que passou, passou. E a sentença de que de certo modo fracassamos, é pesada. É dura…

Não perca tempo. Ame com todas as dificuldades, faça mesmo sem ser reconhecido, diga mesmo que, com vergonha e reconheça que errou, peça perdão, perdoe. A vida é realmente um filme, e nem todos possuem a sorte de protagonizar um longa, então curta porque a sua história ou a de quem você ama realmente, pode ser um curta." 

- ISABELA FREITAS

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