1 de ago. de 2014

Tô desapegando! ♥

Tô desapegando das manias. Mania de guardar gente desnecessária aqui dentro, como se fosse lixo acumulado. Mania de querer sempre ver o melhor, o mais incrível de alguém quando, sinceramente, nunca tem. Sabe essa mania de querer fazer do amor meu fantoche? Tô desapegando. Porque amor não obedece ordem lógica e manipular sentimento é coisa de gente que sente saudade de si mesma. Tô desapegando dessa mania de ancorar a minha vida em almas capengas. Tô obedecendo mais a minha natureza: eu sou ser de ausência, de êxodo, de saudade. Não preciso ficar em ninguém, eu só preciso, vezenquando, voltar pro abraço de alguém e seguir. Nada mais justo. 

Sabe essa mania de duvidar demais de que, depois da tempestade, tem arco-íris? Tô desapegando. Mesmo com minhas dúvidas, apesar das minhas críticas, o Sol continua nascendo. E a mania de achar que o mundo não pode ser o mesmo sem mim? Desapeguei. Mesmo depois de esconder o galo embaixo da cama pra que ele não cante e o dia não raie, o Sol entra pela janela, o dia continua florindo. Com galo ou sem galo (comigo ou sem mim) o dia continua nascendo. 

Tô preferindo fazer o melhor que posso hoje, sabe? Sem essa mania de ir deixando pra depois, pra mais tarde, pra só quando Deus sabe! Tô me lavando com água de realidade e me esfregando com a bucha da renovação pra me limpar dessas manias que ficam na gente como sujeira. Elas já não me servem, não se encaixam. Não me culpo pelas manias egoístas que tinha – a gente se acostuma com certas utopias – mas sei que hoje eu prefiro desapegar do que não me engrandece a alma!

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